domingo, 8 de fevereiro de 2009

Left 4 Dead

Final de ano, natal chegando, presentes, casa cheia de parentes, todo mundo sabe como funciona. Mas este ano algo mudou, pois eu finalmente coloquei as mãos em Left 4 Dead, um dos mais aguardados games do ano. A história é simples até demais: um grupo de quatro pessoas (um empresário, uma adolescente, um motoqueiro e um veterano do Vietnã) devem sobreviver às hordas de mortos-vivos que povoam o mundo, que surgiram após uma estranha infecção. Como estou aqui escutando Cachorro Grande e meu sobrinho está jogando Mortal Kombat Armageddon atrás de mim, terei que ser um pouco sucinto.

Focado no modo multiplayer online, o jogo é com certeza um marco na história da diversão eletrônica. Há três modos de jogo. No modo Single Player, um jogador controla um dos sobreviventes (os demais são controlados pela CPU) em quatro missões, que subdividem-se em 5 estágios cada, com o objetivo escapar dos zumbis e tentar fugir do verdadeiro inferno que se tornou a cidade (ou o campo, dependendo da missão). No modo CO-OP, cada sobrevivente é controlado por um jogador diferente, nesse caso é necessário ter uma boa conexão disponível, pois se joga online. Finalmente, no modo DeathMatch, cada jogador pode escolher um personagem diferente e lutar com outras em partidas online até a morte. O mais legal desse modo é que é possível controlar até mesmo os infectados mais fortes.

E por falar nisso, QUE INFECTADOS! Os zumbis padrão, quando não incomodados, são uns bocós que ficam caminhando lentamente pra lá e pra cá, às vezes eles encostam-se à parede e parecem estar chorando igual o Kiko (AHUAHUAHUAHUAHUAHUA), mas quando avistam você ou seus amigos, passam a correr feito doidos, tentando fazer a volta para te pegar por trás, dificultando a mira. Sempre que vejo zumbis correndo me vêm á memória bons filmes modernos, como Extermínio( 28 Days Later, 2002) e Madrugada dos Mortos (Dawn of The Dead, 2004, remake do clássico de 1978), que nos mostram que mortos também podem competir em maratonas.

Há os Boomers, que são uns gordões desajeitados que quando te vêem, correr e explodem, liberando gosma verde e gás tóxico, que te deixa doidão por alguns instantes, além de atrair vários zumbis comuns pra cima de você. Os Smokers são bem comuns também, liberam gás tóxico assim como os Boomers e às vezes te puxam pelo pescoço com sua língua comprida. Hunters são bem perigosos, andam pulando e rastejando pelas paredes, quando te avistam pulam e somente outro jogador pode te livrar dele. Os Tanks são grandalhões que chegam quebrando tudo e na maioria das vezes fazem de você o alvo principal. Um soco pode te deixar incapacitado, além de te fazer voar pra bem longe. Por fim, as Witches são as criaturas mais perigosas do jogo. Não bastasse seu choro incomodar bastante quando se está em galerias escuras, quando você as encontra elas atacam somente você, e com um só golpe te deixam incapacitado.

Por falar nisso, essa é uma das características mais marcantes do game: a possibilidade de ficar incapacitado durante uma batalha contra hordas de zumbis. Quando você perde muita energia em um forte golpe, você cai no chão e só pode usar suas pistolas, até que um de seus companheiros venha e te ajude. Isso é ou não é demais???

Há muito mais para se dizer, mas vou deixar para vocês descobrirem. Aqui vai a lista de requerimentos mínimos para rodar o jogo no pc:


Sistema Operacional: Windows 2000, XP ou Vista

CPU: 3.0 GHz P4, Dual Core 2.0 ou AMD64x2 (ou superior)

Memória RAM: 1GB para Windows XP/ 2GB para Windows Vista

Placa de Vídeo: 256MB - ATI 9600 ou superior/ NVIDIA 6600 ou superior

Espaço no HD: no mínimo 7,5 GB


No meu pc roda perfeitamente, porém há um erro que se repete em qualquer máquina, não importando a configuração: o jogo fecha sozinho às vezes. Isso se resolve da seguinte forma: no menu inicial do jogo, vá em OPTIONS, depois em VIDEO OPTIONS, então clique na guia ADVANCED SETTINGS e depois onde diz "MultiCore Rendering", troque para "Disabled". Resolvido isso, escolha seu personagem, pegue sua arma favorita e boa matança!

(artigo iniciado em 25/12/08 e finalizado só em 08/02/09 - motivo: falta de tempo)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Acabei de Assistir: Bala de Prata



1976. Assassinatos brutais ocorrem na pacata cidadezinha de Tarker's Mill cada vez que aparece a lua cheia. O jovem Marty Coslaw, que é paralítico, começa a desconfiar que seja obra de um lobisomem. Logo isso se confirma, e Marty tem a oportunidade de ferir o bicho, deixando-o cego de um olho. Agora, junto com sua irmã, Marty deve descobrir uma forma de acabar com o monstro, mas não antes de descobrir quem ele é. Isso não será fácil, já que o lobisomem conhece Marty e fará de tudo para manter seu segredo.

Baseado numa obra de Stephen King e roteirizado pelo mesmo, este filme pertence à "Santa Trindade dos Filmes de Lobisomem", que incluem também o excelente Grito de Horror (The Howling, 1981) e Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, 1981 também), que eu ainda não tive oportunidade de assistir, mas tenho ótimas referências.

As aparições do lobisomem são feitas em takes rápidos, na maioria das vezes na escuridão, para poder disfarçar um pouco a caracterização do monstro, que, diga-se de passagem, não é das piores.

Alguns momentos na história ficam na memória de quem assiste pra sempre, como por exemplo a cena de um policial trazendo uma pipa ensangüentada enquanto reza a Ave-Maria. Também merece destaque a cena do primeiro encontro de Marty com o lobisomem, em uma ponte.

Mas com certeza a cena com mais tensão no filme todo é quando os caçadores da cidade ficam presos no mato cheio de neblina com o lobisomem. O suspense é elevadíssimo nessa parte, pois sabemos que a criatura está por perto mas não sabemos quem ele atacará primeiro, muito menos quando e como. Certamente, uma cena para rever muitas vezes.

O filme foi lançado originalmente como Silver Bullet, que virou A Hora do Lobisomem nas versões nacionais de VHS e DVD e também Bala de Prata na televisão. Seja com um título ou com outro, este com certeza é um filme obrigatório na lista de qualquer fã de horror.

domingo, 26 de outubro de 2008

Acabei de Assistir: Sleepaway Camp

Resolvi criar esta sessão "Acabei de Assistir" aqui no blog para falar um pouco sobre os últimos filmes que assisti, sem ter que me empenhar em textos mais pretensiosos, como de costume, hehehe.
O filme que acabei de assistir é Sleepaway Camp, um camp slasher, como o próprio título já sugere.
No filme, um casal de primos, Ricky e Angela, vai passar o verão no Acampamento Arawak. Há oito anos, um pai e seus filhos sofreram um acidente que os vitimou neste mesmo acampamento. Ao chegar no acampamento, Angela se isola de tudo e todos, não fala uma palavra sequer e nem ao menos come. Porém, mortes estranhas começam a acontecer, sabemos somente que um par de mãos as realiza, mas o dono do acampamento, Mel, prefere convencer seus empregados e a todos os outros envolvidos que são só acidentes. Tudo indica que o assassino seja alguém conhecido de todos do acampamento, já que todas as vítimas falam coisas tipo "Ei, o que você está fazendo aqui?". O principal suspeito de Mel é Ricky, até que o filme chega ao seu clímax e descobrimos a verdadeira identidade do assassino.
Muita gente já tinha me falado deste filme, que é um pequeno clássico, tal e tal e tal. Mas pra mim não foi tããão bom assim. Na verdade, acho que de uma escala de zero a dez, este aqui merece um 7. Um bom filme para se divertir, mas não um clássico. A cena final com certeza é o ponto alto do filme, e não vai sair da sua cabeça por um bom tempo após assistir. Eu mesmo confesso que a cena final me deu medo. Sim, puro e simples medo.
Seja como for, é um filme mediano, feito com um orçamento pífio, mas mesmo assim vale uma assistida.

domingo, 19 de outubro de 2008

A Noite dos Mortos Vivos



"They're coming to get you, Barbara!" --Johnny

por Lucas Ramone

Este mês, dia primeiro de outubro, o maior clássico do horror de todos os tempos completou nada mais nada menos que quarenta anos de estréia. Trata-se A Noite dos Mortos-Vivos (Night of The Living Dead, EUA, 1968), o filme que revolucionou a maneira como os zumbis são vistos. Antes, zumbis eram pessoas controladas mentalmente por algum feitiço ou vírus bacteriológico. Após A Noite..., a palavra "morto-vivo" ganhou um significado literal, ou seja, são mortos que voltam à vida para matar os vivos e comer sua carne. O mestre por trás dessa obra-prima é George Romero, que após esse feito tornou-se a principal referência no gênero, sendo fonte de inspiração e influência até hoje.

A história, conhecida por todos e extremamente simples, coloca 8 pessoas trancadas em uma casa de campo tentando sobreviver durante a noite aos incansáveis mortos-vivos que se acumulam ao lado de fora. Claustrofobia, medo, ódio e prepotência são os principais elementos que compõem o cenário, culminando em um desfecho trágico e totalmente inesperado para a época.


O que faz de A Noite dos Mortos-Vivos tão especial? Será a maquiagem detalhada e o sangue exagerado para a época? Ou seria a mágica de ter feito um filme totalmente genial com tão poucos recursos? O fato é que o filme realmente surpreende, e você só percebe isso algum tempo após assisti-lo. Você pensa: "Caramba, naquela época deveria ser um trabalho danado fazer um filme assim, ousado, violento, e com um final fora dos padrões...".
Muito diferentes dos zumbis que invadiriam as produções nas décadas seguintes, os mortos-vivos deste filme são apenas pessoas mortas que ficam cambaleando pra lá e pra cá, à procura de carne humana. O modo de infecção também é diferente: você só se torna um deles se morrer, tanto faz se for mordido ou não. A diferença é que se você for mordido irá morrer mais rápido, principalmente se a mordida atingir alguma veia.



Os personagens também merecem ser destacados. Ben, o herói da história, foi muito bem construído, e realmente passa um ar de liderança, sabendo agir com os imprevistos e controlando os faniquitos de Barbara. Harry Cooper, interpretado pelo também maquiador do filme Karl Hardman, mostra-se um sujeito totalmente despreparado, pensando somente em se esconder no porão, ignorando totalmente a opinião dos demais, tomando atitudes precipitadas e mostrando sua incapacidade de trabalho em equipe.
A verdade é que é muito difícil falar sobre um clássico como A Noite..., pois há muitos pontos positivos a ressaltar, assim como alguns defeitos. Pra mim o maior mérito do filme foi fazer um final tão fora dos padrões, um final que hoje talvez não seja tão inovador, mas que na época com certeza foi algo único. Afinal, já estamos cansados do típico herói lindinho e bundão que salva todo mundo e fica com a garota mais bonita. Com A Noite... foi diferente. No final, todos morrem, tanto os mocinhos quanto os zumbis que rodeavam a casa. Ben é o único que sobrevive à noite toda, só para ser confundido com um morto-vivo e ser atingido no meio da testa com um tiro certeiro.



Mas não pensem que foi fácil realizar um filme tão simples e ao mesmo tempo tão revolucionário. Enquanto o filme era exibido país afora, algo inesperado ocorreu na distribuidora Walter Reade Organization: naquela época, havia uma lei nos Estados Unidos que dizia que todos os filmes deveriam ter uma imagem de direito de cópia (o famoso copyright, conhecido pelo marca ©) abaixo do título. Pois bem, quando o filme estava em poder da Image Tem e seu título era Night of The Flesh Eaters, a marca estava lá, porém quando o filme foi para a Walter Reade e eles exigiram que o título fosse trocado para Night of The Living Dead (para evitar semelhanças e comparações com outra produção da época, Flesh Eaters), a marca foi retirada (talvez esquecida). Resultado: o filme tornou-se de domínio público. Assim, qualquer um pode usar este título como bem entender, distribuí-lo, editá-lo, fazer o que quiser, sem ser punido pela lei. E os pobres produtores não ganham nada com isso.



Mas Romero não parou por aí. Cultuado como mestre e "pai" dos zumbis, ele realizou até hoje outros 4 filmes nessa temática, obtendo estrondoso sucesso comercial e mostrando críticas aos diversos problemas do mundo moderno. Em 1978, dez anos após sua estréia no cinema, Romero realizou "Despertar dos Mortos" (Dawn of The Dead, EUA, 1978), contando com muito mais recursos financeiros e tendo à disposição um consultor de roteiro de primeira linha: o mestre do horror italiano Dario Argento. Sete anos mais tarde, em 1985, chegou a vez de "Dia dos Mortos" (Day of The Dead, EUA, 1985), que não obteve tanto sucesso quanto os anteriores mas mesmo assim merece muita atenção, pois continua sendo obra de George Romero. Vinte anos se passaram, e Romero decide que é hora de voltar às suas origens como "zumbizeiro", lançando "Terra dos Mortos" (Land of The Dead, EUA, 2005), abusando de efeitos de maquiagem aliados à tecnologia das CGIs disponíveis hoje em dia, realizando o filme mais brutal de todos. Enfim, em 2007, George vem com Diary of The Dead, ainda não lançado no Brasil, mostrando os primeiros dias da infecção que mudou o mundo e destruiu o homem.
Por fim, este é A Noite dos Mortos Vivos, um clássico que revolucionou o cinema. Recomendadississíssimo!

Vídeos gore feitos com massinha de modelar

Aqui vão alguns links de uns vídeos que um cara que usa o nick de takena fez. O cara é realmente muito talentoso, conseguiu fazer mágica com massinha de modelar e ainda deixou umas referências a clássicos do horror! Você pode conferir o perfil dele no YouTube clicando aqui.

Sem mais delongas, aqui estão os vídeos:


Bloody Date

Seu primeiro encontro amoroso transforma-se em seu pior pesadelo...


Versão 1


Versão 2


Bloody Night

Uma garotinha indefesa tenta escapar de um asqueroso e faminto monstro durante a noite. O vídeo não possui áudio.


Versão 1


Versão 2


Within The Bloody Woods

Um homem sozinho no meio do mato com mortos vivos famintos por sua carne. O título é uma referência ao filme amador Within The Woods, realizado por Sam Raimi, Bruce Campbell e mais uns amigos para arrecadar fundos para realizar a obra-prima The Evil Dead.


Parte 1


Parte 1 versão alternativa


Parte 2


Battle of Clay

O primeiro vídeo de takena, dá pra ver que tá bem amador, mas mesmo assim é tosco e divertido :)


Parte 1


Parte 1 versão alternativa


Parte 2


Parte 2 versão alternativa



Crazy Clay Wrestling

Infelizmente, ainda não pude assitir :( Mas parece ser bom ^^


Versão 1


Versão 2



Chainsaw Maid

Uma doce e aplicada empregada doméstica deve proteger a família de seu patrão do ataque de ferozes e famintos mortos vivos. Este foi o primeiro que eu vi, e é o mais divulgado na internet.


Clique aqui para assistir


Clique aqui para ver um trailer das animações.

sábado, 21 de junho de 2008

Cannibal Holocaust




"Não feche os olhos, veja! Eles são homens, homens como você!"

por Lucas Ramone

Junte um grupo de jovens cineastas, uma expedição à Amazônia, duas tribos canibais, efeitos de maquiagem ultra-realísticos e voilá: você terá em mãos o maior clássico do gore mundial. Este é Cannibal Holocaust (Itália, 1979), a obra prima do canibalismo dirigida por Ruggero Deodato.Filmada como se fosse um documentário verdadeiro, a obra é considerada o filme mais controverso de todos os tempos, e ainda há gente que assiste pensando se tratar de um snuff movie (película em que os atores são mortos de verdade, em frente às câmeras).



A história, por mais simples que pareça, é provavelmente a mais complicada trama sobre canibalismo já feita em solo italiano. Um grupo de quatro jovens cineastas americanos vão à floresta amazônica ( o "Inferno Verde") com a intenção de realizar um documentário que choque as pessoas, ou seja, um "shockumentary", para mostrar ao mundo a realidade dos índios que se escondem por aquelas bandas. Junto do guia Felipe, eles se embrenham cada vez mais na mata, desaparecendo em questão de dias. O professor Harold Monroe (Robert Kerman) resolve por si só ir atrás dos garotos, na tentativa de encontrá-los, e parte para a floresta. Acompanhado de um militar e um índio civilizado, o professor Monroe passa por experiências que testam seus limites de ser humano, e consegue finalmente encontrar os rolos de filme. Ao voltar para Nova York, o filme é revelado, assim como o destino dos quatro jovens documentaristas...



Usando e abusando dos efeitos de maquiagem, este filme nunca foi e com certeza nunca será lançado no Brasil. Se você ouve falar demais de um filme, fica com suas expectativas lá em cima, e quando assiste, se decepciona por não ser EXATAMENTE como você imaginava. Porém, há uma exceção a essa regra, e ela se chama Cannibal Holocaust. Não há como ficar impassível vendo este filme, seja pelas mais do que realistas cenas de canibalismo, ou pelas inúmeras crueldades contra animais que ocorrem durante a projeção. Você fica tenso, o sangue ferve e no final, você tem a certeza que nunca, mas NUNCA mesmo, teria coragem de entrar na floresta da região amazônica.



Na epóca em que foi lançado, o filme foi imediatamente retirado das salas de projeção, pois muitas pessoas saíam vomitando, com dores de estômago, traumas e até desmaiadas. O diretor Ruggero Deodato teve que se explicar às autoridades sobre as mortes ocorridas no filme. Para provar que o filme é uma farsa, Deodato foi a vários programas de alta audiência no mundo todo, juntamente de todo o elenco do filme, para provar que estavam vivos e bem, pois o sumiço deles após o fim das filmagens ajudou na polêmica. Como eu disse anteriormente, ainda hoje há gente que vê o filme achando se tratar de material verídico, sem saber de toda a farsa.
Bom, eu não poderia escrever toda esta resenha sem falar UMA ceninha do filme ;). Então leia o próximo parágrafo por sua própria conta e risco, pois pode estragar a surpresa de quem não viu ainda.
*SPOILER*
Ao chegar próximo a um rio, o professor Monroe e seus companheiros presenciam um ritual típico dos índios: um índio chega à praia numa canoa, junto de uma mulher totalmente embarrada e desesperada. Ele arrasta a mulher para a terra, e com uma esécie de cunha ou sei lá o quê, estupra a mulher, fazendo-a sangrar intensamente. Em seguida, bate em sua cabeça com força, até que ela repentinamente para de gritar. Já não vive mais.
*FIM DO SPOILER*



E pensar que lá atrás, lá nos anos 50, os cineastas tentavam (e muitas vezes conseguiam) assustar o público com alienígenas, animais gigantes e outras aberrações. Heheheh. Mesmo ficando com medo daquelas colossais formigas assassinas, o povo sabia que era praticamente impossível algo daquele jeito um dia acontecer. Já com Cannibal Holocaust não é a mesma coisa. São seres humanos como eu e você matando e devorando seres humanos como eu e você. Confesso que muitas vezes duvidei do povo da internet, que sempre elogiava este filme, dizendo ser a mais brutal obra de todos os tempos. Quando coloquei o filme pra rodar, já fui pensando: "...lá vem mais decepção com tripas de borracha falsa...". Porém, me surpreendi, e muito. E com certeza você também se surpreenderá, caso ainda não tenha visto o filme.


sábado, 14 de junho de 2008

30 Dias de Noite



"Levamos séculos para fazer com que acreditassem que somos um pesadelo. Não podemos dar uma razão para que suspeitem. Destruam todos" --Marlow

por Lucas Ramone

Esta semana assisti a um lançamento nas locadoras, o vampírico 30 Dias de Noite (30 Days of Night, EUA, 2007), que estreou nos cinemas brasileiros no fim do ano passado. O filme se passa na pequena cidade no Alasca. Uma curiosidade desta cidade é que, durante o inverno, o Sol não aparece durante 30 dias, deixando a cidade na mais completa escuridão! Isso faz com mais da metade da população saia de férias, para não ter que ficar no escuro. Porém, algo estranho está acontecendo este ano. Cães aparecem mortos, pessoas desaparecem e um estranho surge na lancheria da cidade, arrumando encrenca. Logo, o xerife Eben Oleson (Josh Hartnett, de Sin City e Xeque-Mate), descobre a verdade por trás desses crimes: a cidade está sendo atacada por um grupo de violentos vampiros, que se aproveitam da escuridão total para atacar os moradores. Junto de um pequeno grupo de sobreviventes, entre eles seu irmão e sua ex-mulher, Eben terá que se defender com unhas e dentes da horda voivode que aumenta cada vez mais.
Baseado em uma série de HQs americanas, o filme usa e abusa de efeitos visuais sangrentos. Decapitações que NÃO se dão com apenas um golpe são a principal característica do filme. Algumas off-screen, é verdade, mas nada que algumas mais violentas on-screen não amenizem. A língua que os vampiros falam (pelo menos na versão legendada que eu assisti eles não falam inglês) é bem estranha e até inovadora, pelo menos se comparada aos filmes da série Blade, em que os vampiros falam tanto o nosso idioma quanto o deles. Como sempre, há um vampiro-chefe, cujo nome não é citado, e sua fêmea, igualmente anônima e mais feia do que o próprio. Os efeitos de maquiagem aplicados nos vampiros são outro destaque: olhos negros, estilo alienígena, e dentes minúsculos e numerosos. Cada vampiros é diferente, e fica fácil identificá-los após um tempo.
Porém, como já era de se esperar, na minha incessante busca por mensagens subliminares (coisa que faço em QUALQUER filme), prestando bem atenção nos detalhes, percebi dois erros de continuidade na película, e acho que não farei mal em contá-los aqui. Mas caso você não queira saber absolutamente nada sobre o filme, não leia os próximos dois parágrafos.
1°: Há uma cena em que o Xerife e sua ex estão juntos no canto de um cômodo. A câmera dá um close no rosto da mulher e quando volta para a câmera naterior, o rosto dela está em uma posição completamente diferente, coisa que não poderia ser humanamente possível em 1 segundo apenas.
2°: Quando os sobreviventes são atacados por um vampiro careca na cena final, eles o matam. Já quando Eben se confronta com o líder dos vampiros, o mesmo vampiro careca pode ser visto várias vezes junto com os outros vampiros.
Entre muitas virtudes e poucos defeitos, este é 30 Dias de Noite, filme que eu recomendo não só a fãs de vampirismo, como aos fãs do cinema de horror em geral, pois é um ótimo filme, desde que não se espere um Drácula de Bram Stoker da vida. Falando nisso, esse é o melhor filme de vampiros que apareceu por aqui nos últimos 10 anos, desde que o mestre John Carpenter escreveu e dirigiu o ótimo Vampiros de John Carpenter (John Carpenter's Vampires, EUA, 1998), que rendeu uma sequência bastarda (não, ela não foi feita por Bruno Mattei nem por qualquer outro italiano) em 2003, chamada Vampiros: Os Mortos, estrelada pelo anêmico músico Jon Bon Jovi. Passe longe!

domingo, 8 de junho de 2008

A Profecia


Quando os judeus voltarem a Sião...

E um cometa preencher o céu...

E o Santo Império Romano se levantar...

Então eu e você morreremos.

Do Mar Eterno ele se levanta...

Criando exércitos em cada praia...

Virando cada homem contra o seu irmão...

Até que o homem

Não mais exista!


por Lucas Ramone

Em 1974, o então desconhecido escritor David Seltzer estudou o livro bíblico do Apocalipse (também conhecido como Livro das Revelações) e lançou seu primeiro livro, o qual batizou de The Omen (A Profecia, no Brasil). O livro descrevia a vinda do Anticristo na forma de um pequeno e aparentemente inocente menino. Foi um enorme sucesso de vendas, e até hoje é relançado por diversas editoras no mundo todo. Com um sucesso desse porte, era inevitável uma adaptação às telas do romance. Dois anos depois essa profecia (heheheh) se cumpriu, e foi lançado o filme A Profecia (The Omen), dirigido por Richard Donner e estrelando Gregory Peck e Lee Remick. A película foi estrondoso sucesso, e até hoje é considerado (e com certeza sempre será) o maior clássico apocalíptico de todos os tempos.




O filme começa com um senhor chamado Robert Thorn (Peck) indo em direção ao Hospitalli Generalli de Roma, pois seu filho está nascendo. Porém Thorn descobre que seu filho nasceu morto, e para não chocar sua esposa com essa terrível notícia, decide seguir o conselho do misterioso Padre Spilletto e adota um menino órfão, que batiza de Damien. O que ele não sabe é que essa criança é, na verdade, o Anticristo, ou seja, o filho do Diabo! Após o aniversário de 5 anos de Damien, coisas bizarras e sinistras começam a acontecer: um cão misterioso começa a rondar a casa dos Thorn e sua nova babá comporta-se de forma cada vez mais estranha. Robert logo percebe que algo não está certo e, junto do fotógrafo Keith Jennings (David Warner, ótimo), resolve juntar as peças do quebra-cabeça e resolver esse mistério, ao mesmo tempo em que deve proteger a vida de sua mulher e a sua própria.

Bom, por onde começar falando quando o filme é A Profecia? Simplesmente um filme genial, pouquíssimos defeitos, e enormes virtudes. Aliás, “defeito” seria uma palavra errada para definir, acho que “erro” ou (de uma forma mais pomposa) “gafe”, pois as únicas falhas que encontrei neste filme maravilhoso são pequenos descuidos de continuidades, coisas mínimas que só os mais atentos perceberão.



Uma coisa que se percebe com clareza nesse filme é o recurso de close nos olhos dos personagens, em especial Gregory Peck mais pro final. Tanto em momentos de angústia, suspense ou emoção, como em momentos de pânico, tensão e puro terror, os olhos são sempre focados como sinalizadores das emoções dos personagens. Várias ótimas tomadas dos closes acompanhadas pela não menos importante trilha sonora.

Ah, a música. Como esquecer dela? Isso é simplesmente impossível, a orquestra redigida por Jerry Goldsmith, perfeita em todos os seus acordes, prende a atenção do espectador a qualquer cena que estiver passando, fazendo-o sentir na pele o que é o ser perseguido pelo Mal.

As mortes, também, são magníficas. As gerações mais atuais poderão talvez encontrar semelhança nas mortes da série Premonição (Final Destination), mas o fato é que as mortes em A Profecia marcam. Você realmente não desconfiaria de um caminhão carregado de janelas de vidro, ou de um simpático padre italiano com sobrancelhas da mesma espessura do Canal da Mancha. Simplesmente não há como esquecer as mortes que acontecem neste filme. Você fica marcado para sempre.




A Profecia teve 2 seqüências diretas e uma totalmente diferente das demais (que eu ainda não vi), além de um remake deste primeiro, realizado pela própria Fox em 2006, não obtendo nem metade do êxito do original. Os quatro originais foram lançados em VHS no Brasil pela Fox, se não me engano, e relançados em DVD em 2001 (Edição de Aniversário - 25 Anos) e em 2006(Edição Especial – Aniversário de 30 Anos), num box especial lindíssimo. O remake também foi lançado normalmente nos cinemas por aqui em 2006. O livro foi lançado no Brasil pela primeira vez em 1974, pelo Círculo do Livro, numa versão com capa dura, contendo na capa Damien caminhando sobre umas ruínas e alguns cães demoníacos acompanhando-o.

À data desta resenha, eu já havia visto os filmes nesta ordem: primeiro o livro, depois o remake, o original, a parte III e então a parte II, e digo com louvor que esta primeira é, de longe, a melhor parte da trilogia de quatro partes. Então é isso, fica a sugestão para o filme, um verdadeiro clássico não só do horror, como também de todo o cinema em geral, tendo gerado incontáveis imitações que até hoje tentam, sem sucesso, repetir o mega-sucesso que este foi.

Até a próxima, meus amigos!



-DOWNLOAD-

Formato: AVI
Idioma: Inglês (legenda não embutida)
Tamanho: 702MB
Fornecedor: Megaupload

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Exemplo: "filme.AVI" e "filme.srt"

Evil Dead II - Dead By Dawn



"A lenda diz que foi escrito pelos seres das trevas.
Necronomicon Ex Mortis
Traduzido literalmente: O Livro dos Mortos
Encadernado em couro humano e escrito a sangue,
Esse livro serviu como uma passagem para o mal do outro mundo
Foi escrito há muito tempo...
Quando os mares eram feitos de sangue

E foi esse sangue que serviu como tinta para escrever o livro
No ano de 1300 de nossa era, o livro desapareceu.”



por Lucas Ramone

Como fazer uma continuação para o maior clássico do splatter de todos os tempos? A resposta é repetir a história. Repetir tudo o que aconteceu e funcionou no primeiro e tentar algo não melhor, mas que pelo menos se equipare ao original. Foi assim que o outrora cineasta referência no horror Sam Raimi escreveu e dirigiu Uma Noite Alucinante 2 (Evil Dead II – Dead By Dawn), seqüência-parecia-com-remake do insuperável clássico A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1982) em 1987. A história é basicamente a mesma, só mudando o número de personagens e a forma como eles se conhecem: Ash (interpretado pelo meu ídolo-mor Bruce Campbell), um pacato vendedor de uma cidade normal como tantas outras, fica sabendo de uma cabana abandonada no meio das montanhas do Tenessee, e resolve levar sua namorada Linda para um fim-de-semana longe da barulheira da cidade. Mal sabe ele que aquele chalé isolado do mundo pertence ao Professor Raymond Knowby, um estudioso que recentemente encontrou sua mais valiosa relíquia:o Necronomicon Ex Mortis, também conhecido como O Livro dos Mortos. Ao chegar à cabana com sua amada, Ash encontra um gravador com uma fita feita pelo próprio Prof. Knowby, relatando sua descoberta e declamando alguns feitiços que ele havia traduzido do livro. Para o azar de Ash, esses feitiços servem para invocar espíritos malignos, que, uma vez no nosso plano, obtém o poder de possuir os vivos.Ele descobre isso da pior maneira possível, perdendo sua querida Linda para os demônios em questão de minutos. Armado uma motosserra e um rifle de caça, Ash decide se proteger com unhas e dentes dos ataques dos espíritos das trevas, que tentarão a todo custo aniquilar nosso herói. Conseguirá ele passar por mais essa noite alucinante?



A principal diferença deste para o primeiro o filme é a presença do humor em certas cenas. Isso poder pode ser percebido em várias partes do filme, como na cena em que uma mão decepada levanta o dedo médio para Ash, ou ainda o desagradável encontro de um olho com uma boca aberta. A cena em que Ash ri histericamente enquanto vê os objetos da sala rirem dele é a prova de que Raimi ainda sabe o que está fazendo. Uma cena ao mesmo tempo hilária e assustadora. Acredito que uns dos fatores que levaram o diretor a apelar para essa fórmula “terrir” foi o aumento considerável aumento do orçamento, cujo valor não me recordo agora, mas sei que é mais do que o dobro do anterior. O uso de efeitos especiais é outra novidade, porém não são tão “especiais” assim. Na verdade, não passam da técnica do stop-motion, que virou febre nos anos 50, agora utilizado 30 anos depois! As cenas que se utilizam de tais efeitos são hilárias, e você tem que ser muito fã mesmo para não se mijar rindo da tosqueira braba que é.



Um ponto negativo que apareceu nesta seqüência foram as mortes suavizadas, bem diferente as sangreira que foi o primeiro. Reza a lenda que há uma versão on-screen para a cena em que Ash esquarteja Ed com um machado, fazendo-o espirrar sangue vermelho, ao invés daquele suco verde da versão oficial.
Mas mesmo com todos esses defeitos, esse com certeza é um dos melhores filmes de horror que existem, e você TEM que assistir! Foi lançado no Brasil em 1987, antes mesmo do original chegar por aqui (WTF?!?!?), recebendo o título de "Uma Noite Alucinante 2", obrigando o original a receber o quilométrico título de "The Evil Dead - A Morte do Demônio - Uma Noite Alucinante 1: Como Tudo Começou" (é mais ou menos isso). Há algum tempo recebeu uma versão em DVD, com alguns extras e até mesmo opção de dublagem em português (coisa rara MESMO em se tratando de filmes antigos), tendo seu título modificado para apenas "Uma Noite Alucinante". Há ainda uma terceira parte, Army of Darkness, lançado por aqui como Uma Noite Alucinante 3, voltado mais para o lado aventura, mas sem perder alguns toques macabros.


-DOWNLOAD-

Formato: RMVB
Tamanho: 293MB
Idioma: Inglês (legendado)
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